ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

18.9.17

VILA BENJAMIN CONSTANT (URCA)



O Rio é cheio de surpresas e de cantinhos que quase ninguém conhece. Um deles é a Vila Benjamin Constant. Aposto que você nem imagina onde fica! No início do século XX existiu uma Villa Benjamin Constant na rua de mesmo nome no bairro da Glória, mas não é dela que estou falando. A vila a que me refiro fica atrás do Instituto Benjamin Constant, na encosta do Morro da Babilônia, na Urca. Se você olhar no Google Maps, a vila está lá, mas anônima. Quem passa pela entrada da vila na Rua Dr. Xavier Sigaud não imagina que ela existe. Passei mil vezes lá sem nunca entrar e só entrei um belo dia porque sou enxerido e tenho mania de explorar tudo que é canto (menos, é claro, aqueles dominados pelo tráfico). Originalmente foi criada para abrigar funcionários e alunos do Instituto numa época em que os transportes eram precários e tudo era muito longe (década de 1940 segundo algumas fontes). A rigor, quando um ocupante se aposentava ou falecia, o imóvel deveria ser desocupado, já que o terreno pertencia à União – depois passou para a Prefeitura, que tenta regularizar a posse das casas – mas na prática os “herdeiros” dos moradores originais foram ficando, num fenômeno parecido ao das casas do Horto. Em 1998 a vila foi beneficiada pelo Programa Bairrinho da Prefeitura (O Globo, 7/5/98). Há quem considere a vila uma “favela”. O Jornal do Brasil, em matéria de 6/9/1999, chama-a de “Favela VIP” da Urca (“A Urca, quem diria, já tem a sua favela”), mas na verdade não tem as características de favela que são a construção de casas irregulares, sem projeto nem arruamento, em terreno invadido. A vila tem arruamento. As ruas até têm nomes – de flores! A vila não resultou de invasão. E as casas são bonitinhas, não são de tijolos aparentes. É bem verdade que tem umas vielas, mas Veneza também tem! Vamos às fotos para que você tire sua própria conclusão.


Instituto Benjamin Constant visto do alto da vila

Rua Bouganville da Urca

A rua principal da vila

Varanda & fiação

O gato

Descendo

Janela na Rua das Orquídeas da Urca

Escadinha

Viela

Contraste arquitetônico: as casas da vila e o prédio atrás

3 comentários:

Unknown disse...

Lá de cima uma bela vista da Bahia e do pão de açúcar.

Ivo Korytowski disse...

A Bahia está meio distante para ser vista de lá, agora a Baía da Guanabara é bem bonita mesmo!

Unknown disse...

Posso dizer o cantinho mais tranquilo do Rio